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Salete Silva
A pandemia do novo coronavírus expôs a diferença entre o tratamento do turismo por autoridades de países desenvolvidos e o governo brasileiro, além de evidenciar a politização do enfrentamento da doença no Brasil.
Esse foi um dos temas do último do 1º Fórum Online: Liderança e Integração para o Desenvolvimento do Circuito das Águas Paulista, apresentado na quinta-feira, 16 de julho.
“O uso de máscaras na China desde o início é sinal de respeito que os chineses têm com o outro e não representa menos masculinidade nem covardia nem submissão a uma lei”, afirmou Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da Fecomércio, entidade que reúne sindicatos patronais dos setores de comércio e serviço de São Paulo. “O uso de máscara para eles é o reconhecimento de que você pode ter um vírus e não quer contaminar alguém”, concluiu.
A China assim como países europeus, que recebem mais de 30 milhões de visitantes por ano e tem no turismo uma de suas principais atividades, como Itália e Espanha, os mais castigados pela pandemia, protegeram o setor turístico, destaca a especialista, com medidas para garantir a manutenção e os empregos.
“Ninguém deixou para lá o turismo.” Ao contrário, os governos da Espanha e Itália, ela informou, estão subsidiando a manutenção dos postos de trabalho. “Esses países já estão nas praias se divertindo, só estão tentando não se aglomerar”, comparou.
A conscientização das medidas de segurança para evitar a contaminação pelos europeus, em especial italianos e espanhóis, ela aponta, vem também da memória da dor pela perda de familiares e entes queridos. “Na Itália, a memória da dor, do susto, ficou muito presente”, salientou.
O comportamento dos brasileiros, a especialista comparou, está mais parecido com o de países, como a Inglaterra em que há um negacionismo, ou seja, a escolha de negar a realidade como forma de escapar de uma verdade desconfortável.
“Quem tem comportamento similar igual ao nosso de negacionismo é a Inglaterra. O dono de um pub teve de circular o balcão com cerca elétrica para conter os clientes”, relatou.
O turismo não avança no Brasil, ela avalia, porque não há políticos comprometidos com o setor. “Pouco se viu em ações que não fosse respostas a pedidos de representantes do setor. O que tem norteado o meu pensamento como professora e presidente do Conselho de Turismo é reconhecer a insignificância de conteúdo, não ocupamos espaços, as pautas de turismo são irrelevantes”, acrescentou.
Ela lembrou que apesar de indiciado por suposto desvio de recursos por meio de candidaturas laranjas nas eleições de 2018, Marcelo Álvaro (PSL) se mantém no posto de Ministro do Turismo.
“É investigado por uma série de crimes e não sabe absolutamente nada de turismo nem de cultura e está lá até agora e a gente não se importa, não faz nada em relação a isso”, afirmou Mariana.
A população, ela aponta, precisa reagir e a reação hoje é questionar os candidatos a prefeito sobre quais são seus planos para o turismo. “Como os prefeitos se deixam convencer que é melhor gastar recursos com portal na entrada da cidade e não têm dinheiro para a promoção do turismo">Campinvivaserranegra.diariopaulistano.net.br, especializado em turismo, cultura e economia criativa, a decisão hoje de ir para o turismo a pela internet, onde o cliente faz sua primeira experiência antes de optar por um destino.
“Essa comunicação adiantada na internet é importante. Toma a internet como um processo que antecipa até o vendedor”, afirmou. Luciana lembrou que as redes sociais despertam até desejos que nunca tivemos antes.
A presença online, no entanto, exige estratégia. “É construção de capital social e é um desafio transportar o negócio da vida real para o digital”, afirmou. A pandemia de covid-19 acelerou a necessidade de conciliar as duas coisas. “Quem não estava no digital teve de correr atrás do prejuízo”, concluiu.
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